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4 abril, 2023

Abril Azul: conscientização e respeito para pessoas com Transtorno do Espectro Autista.

A FLEM iniciou o mês de abril falando sobre Transtorno do Espectro Autista (TEA), em virtude do Dia Mundial de Conscientização do Autismo, comemorado no dia 2 de Abril. O evento, organizado pela Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA), aconteceu nesta segunda-feira (3), no auditório da fundação, e contou com palestras da presidente da Associação Mães Autismo e coordenadora regional do Instituto Lagarta Vira Pupa, Maíra Cavalcante, da vice-presidente da Associação Mães Autismo e também coordenadora Regional do Instituto Lagarta Vira Pupa, Marleide Nogueira, e da assessora da presidência da FLEM, Taynar Santos.

Na tarde marcada pela emoção das palestrantes e participantes, foram apresentados temas que vão da dificuldade do diagnóstico, à aceitação e ao respeito que a sociedade deve ter para com os autistas. Maíra Cavalcante, autista, mãe atípica e estudante de Neuropsicopedagogia e Políticas da Educação, iniciou sua fala destacando a neurodiversidade e os prejuízos do diagnóstico tardio, sobretudo para muitos adultos. “Eu digo sempre, diagnóstico é libertação”, enfatizou.

Marleide Nogueira falou da sua experiência com seu filho, um autista adulto e atual campeão mundial de Jiu-Jitsu, Igor Nogueira. Ela relatou sua luta desde o diagnóstico de Igor até sua inserção no esporte, além das dificuldades econômicas para conseguir participar de competições, inclusive do campeonato mundial em Abu Dhabi.

Igor é o primeiro atleta autista patrocinado pelo programa FazAtleta, da Superintendência dos Desportos do Estado da Bahia (Sudesb/Setre), e o primeiro atleta autista baiano a subir num pódio. Também entre suas importantes conquistas, atualmente cursa faculdade de Educação Física.

Ainda no evento, Marleide enfatizou o respeito aos indivíduos com TEA enquanto seres humanos capazes de desenvolver habilidades e mostrou como o amor de uma mãe pode transformar a vida de um filho autista. Pontuou questões como a necessidade de políticas públicas e o envolvimento do Estado: “Essas pessoas, elas merecem. É um direito ter oportunidades para se desenvolverem. Olha onde chegamos. Imagine se existissem políticas públicas efetivas para as pessoas com autismo. Muitas outras pessoas não precisariam passar por tudo o que passamos”, disse.

Por fim, a assessora da presidência da FLEM, Taynar Santos também falou sobre a relação com o seu filho, diagnosticado com TEA aos 2 anos, e a importância de falar sobre o autismo em todos os ambientes. “Quando o médico deu o diagnóstico, pensei imediatamente em como será meu filho na vida adulta. E ver a história de Igor aqui me faz entender muito mais e me traz tranquilidade”, desabafou.

Taynar ainda chamou a atenção para o rótulo direcionado às pessoas com TEA por parte da sociedade: “Não queria que meu filho fosse rotulado pelo diagnóstico. Eu quero que as pessoas o respeitem porque ele é um ser humano”.

O presidente da fundação, Rodrigo Hita, afirmou que a FLEM será sempre um espaço para o aprendizado: “Eu já conhecia Marleide e sua história. E é muito importante que façamos dos ambientes institucionais locais onde possamos promover o conhecimento e o acolhimento”.

Abril Azul

O Abril Azul é uma campanha mundial de conscientização sobre o autismo, celebrada durante todo o mês de abril. Tem como objetivo, ampliar a compreensão, a conscientização, bem como promover o respeito e a inclusão. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o TEA atinge uma em cada 160 crianças no mundo e aproximadamente 80% delas são do sexo masculino.

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